quinta-feira, 30 de junho de 2011

O modelo Cisco de inovar

Saiba como a líder mundial em redes de internet transformou seu modelo de negócios com inovação de produto e relações cliente, fornecedor e colaboradores.

Otimizar e reinventar. São essas as palavras que Inder Sidhu, vice-presidente mundial da Cisco, costuma utilizar para definir o rumo estratégico que a empresa segue quando o assunto é inovação e crescimento.

A empresa, que em 2010 conquistou o título de 3ª maior empresa do mundo em eficiência na gestão da cadeia de valor no ranking anual da AMR Research, trabalhou duro para alcançar a posição, redesenhando métricas-chave, reformulando sua estrutura organizacional e racionalizando parcerias com o intuito de melhor enxergar a cadeia de valor e tornar mais eficiente seu estoque de produtos.

Os líderes, que foram capacitados para trabalhar como equipe e não mais isolados em suas unidades de negócio, passaram a atuar focados em modelos de produtos e serviços que atendem a demanda de valor do cliente, sem deixar de promover a eficiência e redução do risco para a organização.

Assim, faz parte do esforço da companhia para estimular a inovação, fazer com que as equipes entendessem que extrair eficiência de um fluxo físico de produtos era menos importante do que gerar e entregar valor para os clientes. Deste modo, os desafios designados para cada colaborador não mais estavam categorizados por produto e sim por processo e logística.

A empresa, que até então estava nos bastidores de produtos e processos tecnológicos, passou a ser estudada pelos próprios colaboradores, com o intuito de sentir na pele quais eram suas próprias deficiências.

“Comemos a nossa própria comida, mudamos o foco dos problemas para o processo e então ninguém mais poderia culpar outras áreas por insucesso. Assim, criamos uma cultura para que nossos colaboradores se questionassem sobre a tecnologia que eles mesmos criaram e como poderiam transformá-la e melhorá-la para o nosso negócio”, lembra Sidhu.

A transformação foi possível pelo fato de a empresa tomar para si a meta radical de alcançar excelência na cadeia de valor, começou a olhar seus parceiros e sistemas sob a perspectiva do cliente e, ainda passou a diagnosticar com mais precisão o que era importante para o cliente.


Fonte: Portal HSM
30/06/2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Novo negócio = novo mercado e novas regras

Tudo o que foi testado e comprovado com uma empresa consolidada deve ser deixado de lado ao entrar em um novo mercado. É a hora de arriscar e aprender.

“Fazer novos negócios crescer é uma iniciativa que envolve muitas suposições e poucos conhecimentos efetivos”, a frase é de Mark Johnson, palestrante do Fórum HSM Inovação e Crescimento, realizado nos dias 28 e 29 de junho, e presidente da Innosight, empresa de consultoria em inovação estratégica.

Acostumado a trabalhar com as empresas mais inovadoras do mundo, Johnson acredita que apostar em um novo mercado exige uma equipe autônoma, processos diferentes do que a empresa está habituada, novas regras e liderança forte. “Use regras, equipe e processos novos para criar projetos voltados para alguma tarefa importante, não se concentre em suas capacitações”, enfatiza.

O executivo explica que as empresas são muitas vezes levadas a investir em novos mercados devido à “comoditização” dos serviços/produtos oferecidos. “Algumas empresas não estão ganhando dinheiro como antes. Pode surgir uma tecnologia que acabe com sua produção, por exemplo. Essa é a hora de entrar em um espaço novo”, orienta Johnson.

Nessa situação, há poucos fatos conhecidos pela empresa e sobram suposições. Segundo Johnson, esse é o momento de aprender, de descobrir e de testar as suposições. “Mercados que não existem não podem ser analisados”, diz.

Por isso, o medo de arriscar também não pode estar presente em negócios empreendedores e inovadores. “90% das estratégias mudam pelo menos quatro vezes antes de ir ao mercado”, afirma Johnson.


Paciência com os resultados

Justamente por não ser possível quantificar o novo mercado pretendido pela empresa, o empreendedor deve ser paciente no que se refere ao retorno financeiro do novo negócio. É preciso descobrir como o cliente usará a nova tecnologia, descobrir concorrentes – se é que eles existem – e atuar em um estágio experimental.

As expectativas devem estar de acordo com a realidade do negócio, levando em consideração sua condição incipiente. Se uma empresa de US$ 20 bilhões pretende crescer 10% no próximo ano, por exemplo, não se pode esperar que a nova aposta aumente igualmente em US$ 2 bilhões em 12 meses.

“Quando você entra em novos mercados, não pode buscar números. Como vamos conseguir US$ 100 milhões se nem conhecemos o mercado?”, questiona Johnson, que aponta esse como o erro mais comum de companhias que apostam em inovação: o uso das métricas e do raciocínio do espaço antigo para o novo.

Porém, Johnson afirma que os inovadores devem aguardar o aumento das receitas com paciência, mas devem ser igualmente impacientes com os lucros, afinal, ninguém quer ter prejuízo. O período de incubação de um novo negócio varia de um a três anos, onde o crescimento da receita é menor, aumentando na aceleração – que dura entre dois e cinco anos – e deslanchando durante o intervalo de um a três anos da transição.


Três passos para crescer no novo caminho

1) Defina proposição de valor para o cliente

Crie uma oferta que ajude os clientes a resolver um problema importante de maneira mais eficaz, confiável, conveniente ou econômica

2) Projete tecnologia e sistemas de modelo de negócio

Desenvolva a solução e o modelo de negócio

3) Construa e integre corretamente o novo sistema

Valide posição segura no mercado e crie a estrutura certa. O modelo de negócios da companhia pode – e deve – mudar quando ela entra em um espaço novo.


Fonte: Portal HSM
28/06/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Não passe pela vida em vão

Confira quatro dicas de Daniel Pink para desenvolver e conquistar a ascensão profissional.

O que dizer de um autor que lança um livro de negócios em formato de quadrinhos? Podemos começar por “criativo”, “irreverente” e “ousado”, por exemplo. Adjetivos que bem cabem a Daniel (Dan) Pink, um dos principais pensadores da gestão da nova geração. O livro é As intrépidas aventuras de um jovem executivo (ed. Campus/Elsevier), que traz dicas para a ascensão profissional.

Em entrevista publicada pela revista HSM Management, Pink contou que passou dois anos no Japão estudando a indústria do mangá, um formato de quadrinhos que é muito presente na vida dos japoneses. Naquela tradição, abrange os mais diversos temas. O autor observou que esse segmento de literatura estava ganhando terreno nos Estados Unidos. Homem de visão, Pink pensou: “Por que não usar essa forma de expressão tão poderosa para reinventar a literatura de negócios?”.

Ele concluiu que o mangá seria o formato ideal para transmitir as lições que o livro traz. Lições que, segundo o autor, não podem ser aprendidas por meio de uma busca na internet. Conheça quatro delas:


1. Não se prenda a um plano de carreira

Não é possível haver um caminho preestabelecido. Assim, agir de determinada maneira, só porque isso levará a certo patamar, não é boa estratégia. É o caso de quem escolhe determinada profissão não por gosto, mas por acreditar que poderá conseguir um trabalho melhor depois da formatura. Quando, porém, se decide fazer algo pela simples razão de fazê-lo, as possibilidades de sucesso são maiores - como para alguém que ingressa em uma empresa porque o trabalho é interessante e as pessoas são fantásticas, sem mesmo saber aonde esse trabalho o levará.

“O mundo é demasiadamente complexo para apostar nele como em um jogo. As pessoas que realmente prosperam são aquelas que fazem o que gostam e vivem com a ambiguidade de não saber o que acontecerá depois”, assinalou Pink.


2. Para ter mais valor, consiga o melhor dos outros

Para os homens e estudantes de negócios, essa lição tem relação com manter o foco no cliente. “Há grandes lucros, tanto psicológicos como profissionais, em ajudar outras pessoas a prosperar. Não é um jogo de soma zero. Se seu companheiro de equipe tem sucesso, não quer dizer que você perde”.


3. É preciso cometer erros excelentes

É natural ter medo de cometer erros, mas, se não se cometem erros, não se chega a destino algum. Mas muitas das pessoas que fizeram algo que valesse a pena fracassaram em algum ponto do caminho. Músicos erraram a nota, atletas tropeçaram e a Apple fracassou com o Newton.

“Acredito que, nos negócios, estamos infectados pelo que Tom Peters chama de “sucesso medíocre”. Há muitas coisas que estão apenas bem, não mal nem muito bem. Mas as coisas que mudam verdadeiramente o mundo vão muito além disso. Esse nível, contudo, é difícil de alcançar sem errar”, ponderou Pink.


4. Deixe sua marca, porque a vida passa

O desejo de deixar uma marca, de fazer algo que valha a pena, é inerente à condição humana. As melhores empresas e os empreendedores mais influentes agem nesse sentido.

“As escolas de administração deveriam reconhecer esse impulso humano inato e explicar aos estudantes por que criar produtos, serviços e experiências que melhorem a vida das pessoas de maneira nobre é uma forma de deixar tal marca.”

As intrépidas aventuras de um jovem executivo já nos sinalizou a marca de Pink, mas não é seu livro mais recente. Em 2009, ele lançou Motivação 3.0: os novos fatores motivacionais para a realização pessoal e profissional (ed. Campus/Elsevier), obra na qual ele aplica toda sua criatividade, irreverência e ousadia para desafiar algumas velhas verdades da gestão de pessoas. Sobre elas, ele falará ao público do Fórum HSM Inovação e Crescimento, que será realizado nos dias 28 e 29 de junho, em São Paulo.

Referência:
Knowledge@Emory. “5 perguntas a Daniel Pink”. HSM Management, São Paulo, n. 73, p. 26, março-abril de 2009.

Por Alexandra Delfino de Sousa, administradora de empresas e diretora da Palavra-Mestra.
Fonte: Portal HSM
27/06/2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pense de maneira inovadora e faça acontecer

Para estimular a inovação, transforme funcionários em colaboradores e estes em gestores de seus próprios projetos. Leia mais.


Rotina corrida, se destacar entre os concorrentes, consolidar informações e organizá-las dentro da empresa, e ainda colocar ideias em prática nem sempre são tarefas tão fáceis e simples de serem desenvolvidas.  Muitas companhias ainda sentem dificuldade de produzir o material atual do seu segmento, pensar nas consequências benéficas para o futuro, além de oferecer ótimo preço, qualidade e ainda aplicar tecnologia ao desenvolvimento e elaboração do produto.

Segundo Anderson Rossi, professor do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, “nos últimos dez anos, as empresas têm se preocupado cada vez em buscar modificações, o que antigamente era raro. Agora, elas se preocupam em caçar desafios, organizar adequadamente a rotina, propor melhorias aos funcionários, motivá-los e, ainda achar práticas diárias que sejam inovadoras e funcionem”.

De acordo com o especialista, as empresas precisam criar condições para que os colaboradores possam pensar em uma ação em longo prazo, transformando ideias em ações sem precisar de orientações de um superior. O mercado tem que se adequar as novas exigências multiuso, em que uma pessoa saiba todos os processos de criação e conclusão da sua área de atuação.


Modifique os processos para gerar inovação

Para que as empresas brasileiras ganhem maior notoriedade no mercado, como é o caso da China e seus produtos, as organizações devem dar espaço aos intraempreendedores – colaboradores capazes de se adequar as mais diversas situações e mostrar resultados satisfatórios.

“Quando a instituição transforma o colaborador em empregado, automaticamente faz com que não sejam geradas inovações, pois, em sua maioria eles precisam de ordem para funcionar. Por isso, o funcionário precisa se tornar, realmente, parte da empresa e um líder de negócios”, afirma Rossi.

Além disso, para se destacar diante dos demais concorrentes é preciso conhecer e dominar os métodos utilizados pelo concorrente, saber do que ele é capaz e quais as ambições para ganhar o comércio nacional e internacional. Com isso, o adversário pode se tornar fonte de pesquisas e auxiliar – sem saber – em melhorias.

“Para as empresas, um dos passos para obter o sucesso é ficar atenta e verificar qual sua margem de lucro a cada mês, os valores não podem se perder, devem ser monitorados e, se for o caso, cortar gastos supérfluos. Além disso, devem monitorar as tendências do mercado e levantar quais as necessidades e percepção do cliente”, alerta o professor Rossi.

No sentido oposto, transformar funcionários em colaboradores e estes em gestores de seus próprios projetos traz para a companhia mais engajamento e comprometimento de cada um, de modo que todos tenham ideias que são valorizadas e colocadas em prática.

Segundo afirma Alvaro Mello em seu artigo “Estímulos ao processo de inovação, associados ao intraempreendedorismo”, o intraempreendedor é considerado o agente responsável pelas inovações que mudam a situação competitiva das empresas. “Considerando a capacidade empreendedora como um conjunto de competências a serem desenvolvidas, algumas empresas estão desenvolvendo tentativas de estimular o surgimento da atitude empreendedora entre sua equipe de funcionários”, afirma.

Rossi diz que há empresas que são ambidestras – que pensam no hoje e no amanhã com projetos inteligentes – por esse motivo, vivem e perduram com sucesso por muito mais tempo. Elas são seguramente capazes de manter uma boa organização de dados, pesquisas e informações, propor mudanças e colocá-las em prática.

Além disso, em sua maioria, as ambidestras são formadoras de opinião e de novidades, afinal, estão sempre além do mesmo e, principalmente, se mostram abertas para aproximar mais o cliente e satisfazê-lo.

“Manter parcerias com instituições públicas e até mesmo com os próprios clientes ou alguma outra fonte de informação que pode fazer parte de um projeto, opinando com ideias, sempre traz resultados bons e satisfatórios. Não há porque ter medo de inovar e buscar diferentes soluções para a realização de um bom trabalho”, finaliza Rossi.


Fonte: Portal HSM
22/06/2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

A empresa é interessante para os colaboradores?

Expectativas que vão além da remuneração levam profissionais de diversas gerações a buscarem também um bom plano de carreira e ambiente de trabalho. Confira!


Saber apresentar as estratégias da empresa para que os profissionais enxerguem as oportunidades e desafios propostos pode ser tão difícil quanto definir as metas da organização. Por isso, pequenas e médias empresas na hora de realizar a gestão de capital humano podem encontrar dificuldades de reter e contratar talentos.

Isso acontece muitas vezes porque o plano de carreira não apresenta regras claras e metas definidas para cada cargo e projeto, gerando conflitos hierárquicos e desmotivação profissional. Deste modo, mais do que nunca o profissional quer saber quais são suas oportunidades, seus desafios e de que modo ele pode ascender.

Além disso, os interesses nas chamadas geração X e Y são um tanto diferentes. Para explicar melhor, Renato Grinberg, diretor do trabalhando.com e especialista em mercado de trabalho, lembra que a premissa para uma empresa atrair novos talentos e reter os atuais colaboradores é administrar estrategicamente cinco itens: remuneração, benefícios, status da marca, projeção de carreira e ambiente de trabalho.

“Costumo dizer que os primeiros três itens são avaliados com o mesmo peso por diversos perfis profissionais, enquanto que plano de carreira e ambiente de trabalho podem ter prioridades diferentes para as chamadas gerações X e Y”, alerta Grinberg.

Se a empresa visa atrair e reter os melhores profissionais em sua base, projeção de carreira é mesmo a arte de encantar o público interno. Mas para isso, se faz necessário conhecer os interesses individuais de cada equipe para que as metas da empresa estejam alinhadas com todo o grupo. E isso pode ser um trabalho de formiga para gestores de RH.


Estratégia e projeção de carreira

Diferenciação é a palavra norteadora para que a projeção de carreira que está sendo oferecida seja reconhecida. Grinberg explica que um modelo de gestão baseado em projetos e que tem como pilar o reconhecimento com base na meritocracia, pode funcionar muito bem para a geração Y, ao passo que para profissionais da geração X, por exemplo, pode ser mais difícil entender que a empresa está oferecendo a oportunidade, mas que é dele a responsabilidade de assumir sua carreira e correr atrás de resultados.

“O dogma da carreira para profissionais que tem mais tempo de casa ainda é um tabu a ser desmistificado pelas empresas, porque eles precisam perceber que hoje em dia as remunerações são estabelecidas pelo cargo que as pessoas vão ocupar e não pelo tempo de casa e experiência, por exemplo”, alerta Grinberg.

Uma alternativa é deixar claras as regras do jogo. “Independente se a empresa é familiar, o funcionário tem que perceber de forma transparente que as mesmas regras que são impostas para ele, também são cobradas de membros da família. Ou então, que não importa se a empresa contratou um profissional recém-formado no mercado com remuneração equivalente à dele, pois provavelmente outros atributos tais como qualificação, demanda de mercado ou até mesmo inovação, pesaram nesta definição”, explica Grinberg.


Estratégia e ambiente de trabalho

O treinamento também pode fazer parte da estratégia empresarial como uma importante ferramenta de integração. Além de promover o desenvolvimento tanto de novos e antigos colaboradores, investir em desenvolvimento pode ajudar a empresa a reter seus talentos. É preciso entender que mesmo em casos de que a política de desenvolvimento de planos de capacitação sejam elevados, é sempre mais barato para a empresa reter do que perder.

Mais do que nunca, novas gerações precisam estar conectadas com a realidade do mercado corporativo em que atuam para que possíveis frustrações não provoquem a desmotivação de toda uma equipe. “A empresa pode mostrar para estes profissionais a importância de se ter metas realistas, bem como avaliar da melhor forma possível o mercado real e os interesses de colegas e parceiros, que podem sim ditar seu sucesso profissional”, conclui Renato Grinberg.


Fonte: Portal HSM
21/06/2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sustentabilidade pode ser digital

Confira as cinco políticas e diretrizes para as empresas se tornarem digitalmente sustentáveis

Depois de transitar com muito vai-e-vem pelos âmbitos científico, acadêmico, empresarial e político, o conceito da sustentabilidade finalmente chega à casa de milhões de famílias brasileiras. Além do resultado da rodada do futebol do dia anterior e da condição climática para o final de semana, os impactos do descarte de lixo doméstico ou do consumo residencial de água no aquecimento global passam a fazer parte da pauta de assuntos e preocupações cotidianas de boa parte dos cidadãos brasileiros.

Em outras palavras, depois que a palavra sustentabilidade foi dita e “martelada” na consciência do cidadão uma porção de vezes durante os debates e a propaganda política das eleições para presidente e governador, o tema definitivamente entrou na agenda de prioridades da sociedade (e da mídia em geral) como relevante para seu envolvimento, contribuição e aplicação.

Este cidadão comum, que por sua vez também é um cliente de empresas e consumidor de produtos e serviços, cada vez mais se questiona em relação ao seu papel como agente de transformação e, por consequência, busca informações sobre como transformar seus hábitos e ações em aplicação da sustentabilidade.

Algumas das questões que se colocam são: como devo contribuir? O que devo fazer para cumprir minha obrigação e corresponsabilidade? E quanto se fala de corresponsabilidade, cada pessoa (em seus diversos papéis: cidadão, consumidor, familiar, líder etc.) ou organização de pessoas (empresa, governo, entidade, associação etc) tem sua “parcela de culpa e responsabilidade no cartório”.

Quando avaliamos o papel das empresas, outros pontos aparecem, tais como: qual deve ser o conjunto de filosofias, ações e premissas que as empresas devem seguir, respeitar e incentivar para se tornarem qualificadas como praticantes da sustentabilidade (considerando seus aspectos econômico, social e ambiental – triple bottom line)? Quão profunda ou ampla deverá ser a defesa de tais conceitos em sua adoção corporativa? E quais os resultados esperados para a empresa, para seus públicos de interesse e para o entorno?

Essas são questões complexas e existenciais, que mexem profundamente na cultura e no modelo de negócio das empresas, e que deverão ser respondidas no curto prazo por livre e espontânea pressão estratégica.

Com o pequeno agravante de que a intensidade de cobrança das relações de corresponsabilidade entre os diversos envolvidos (e culpados) aumenta exponencialmente no ritmo das redes sociais digitais.

Neste contexto, não há espaço para a falta de transparência ou de diálogo contínuo com os diversos públicos de interesse, seja em relação a demandas relacionadas à postura sustentável da empresa ou não, pois o simples fato de atuar nas redes sociais representa uma oportunidade de aplicar a sustentabilidade na prática.

Dessa forma, a aplicação digital da sustentabilidade (ou o desenvolvimento de uma política e conduta de sustentabilidade digital) representa uma aplicação essencial do tema para as empresas conscientes e comprometidas com sua relação. Porém, um ponto importante a ser destacado se refere ao fato de que a sustentabilidade digital não é uma abordagem isolada de uma ou outra empresa, mas sim, uma postura e compromisso setorial que não deve incluir apenas empresas, mas que fundamentalmente envolve o usuário e demais agentes como governo, universidades e ONGs.

Ou seja, de nada adianta a empresa ser digitalmente responsável se o usuário, consumidor ou funcionário não fizer sua parte. Como a web é uma rede de relações e relacionamentos, todos os agentes estão correlacionados e são, portanto, interdependentes e corresponsáveis por sua governança e utilização responsável.

Dessa forma, a definição de um código de conduta para a atuação digital sustentável nas empresas se faz premente. Como o próprio conceito de sustentabilidade demanda a construção conjunta e colaborativa (coconstrução), colocamos a primeira pedra sugerindo as 5 primeiras políticas e diretrizes para as empresas se tornarem digitalmente sustentáveis.


Sustentabilidade digital

1. Responsabilidade no relacionamento com públicos de interesse: adoção de clareza e respeito à permissão de interação e acesso dado por cada público e adequação da mensagem, conteúdo e formato da informação (e rede de interação) ao seu interesse e perfil.

2. Transparência na comunicação institucional: garantir correção, atualização e prontidão na disponibilização de dados e informações de interesse e relevância para cada público.

3. Transparência nos processos de transação on-line: garantir a realização de compras, vendas, aquisições, licitações, leilões e demais formas de transação com condições claras e regras bem definidas, evitando erros de compreensão ou indução ao erro.

4. Responsabilidade no monitoramento: monitorar o comportamento do usuário para evitar fraudes à empresa ou aos públicos de interesse definindo os devidos limites entre monitoramento e invasão de privacidade.

5. Utilização devida da propriedade intelectual: utilizar de forma responsável a propriedade intelectual através da citação de fontes e autores, no caso de conteúdo de terceiros, e da adoção de dispositivos de proteção de capital intelectual quando proprietário, bem como incentivo aos demais públicos de interesse sobre esta diretriz.

Discorda ou tem um ponto de vista diferente sobre a adoção das políticas e diretrizes abaixo como sustentabilidade digital?


Charles Beck Varani (Consultor do Grupo ECC, especialista em estratégia web, estratégia multicanal, TI e relacionamento com o cliente)


Fonte: Ideia Sustentável e Portal HSM
17/06/2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jovens brasileiros querem ser administradores e donos do próprio negócio, aponta pesquisa

O objetivo do estudo era identificar os elementos em comum dos sonhos individuais e coletivos desse público e delinear os impactos e as perspectivas de suas ações

Encarados como o centro primário de influência da sociedade, por possuírem valores e comportamentos que são aspiração para os mais novos e inspiração para os mais velhos, os jovens com idade entre 18 e 24 anos foram objeto da pesquisa “O Sonho Brasileiro”.

Divulgado na última segunda-feira (13), o levantamento detectou que essa parcela da população tem seus sonhos menos ligados às questões relacionadas ao consumo e mais voltados à formação profissional e ao emprego.

Isso porque enquanto apenas 15% mencionaram a casa própria, 9% o dinheiro e outros 3% carro, moto e eletrodomésticos, 55% desses jovens entrevistados responderam que seus sonhos individuais estão mais ligados à carreira.

O objetivo do estudo era identificar os elementos em comum dos sonhos individuais e coletivos desse público e delinear os impactos e as perspectivas de suas ações.


Carreira

Dentro das respostas relacionadas à formação profissional e ao emprego, 24% estavam relacionadas à “profissão dos sonhos”. E sabe qual é a carreira que a maioria desses jovens deseja ter? A de empreendedor, administrador e montar o próprio negócio, com 4% das respostas.

Em seguida, vieram as profissões de médico, engenheiro e advogado, com 2% das respostas cada. Já os sonhos de ser professor, psicólogo, músico, de seguir a carreira militar, passar em concurso público, ser veterinário e jogador de futebol tiveram 1% das respostas cada uma. As outras profissões totalizaram 7%.


Emprego

Ainda dentro dessas mesmas respostas, 16% delas estavam direcionadas às questões mais funcionais sobre o emprego. Por exemplo, 7% dos jovens entrevistados desejam ter um emprego melhor.

Já 3% deles têm o sonho de alcançar seus objetivos profissionais. As outras respostas citadas foram crescer profissionalmente e ter reconhecimento e conseguir um emprego, ambas com 2%, além de conseguir o primeiro emprego e ter estabilidade, as duas com 1%.

A pesquisa ainda identificou que há uma nova relação entre trabalho e dinheiro. Os jovens não querem mais viver para trabalhar, como seus pais, e sim, trabalhar para viver. E como o trabalho precisa responder a uma vontade de realização pessoal, não apenas uma fonte de renda, esses jovens entram em conflito com seus pais.

Assim, embora estabilidade, carreira e dinheiro tenham sua importância, dividem espaço com outras motivações. Muitos deles, por exemplo, preferem ganhar um pouco menos e ter mais qualidade de vida.


Ensino Superior

Uma descoberta de destaque da pesquisa é que a formação superior é algo muito desejável para os jovens brasileiros.

Entre os 79% com idade entre 18 e 24 anos que não estão ou não passaram pelo Ensino Superior, 77% deles ainda desejam cursar uma faculdade. Outros 6% afirmam que ainda não se decidiram e apenas 16% dizem que não desejam seguir esse tipo de formação.


Sonho coletivo

As respostas que os jovens deram, quando questionados sobre os sonhos para o Brasil, podem ser agrupadas em duas grandes categorias: 
v  31% estão relacionadas a sonhos de reparação: sendo que 18% sonham com menos violência e 13% com menos corrupção; 
v  28% estão ligadas a sonhos de realização: sendo que 10% desejam mais empregos para o País, outros 10%, mais igualdade racial, e 8%, mais educação.

Fonte: Infomoney/CRA-MG
16/06/2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Agite a bandeira da sustentabilidade agora e em 2014

Empresas com perfil sustentável podem se animar com a possibilidade de a Fifa realizar um evento sustentável. Leia mais.

Em notícias recentes sobre a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a Fifa sinalizou o desejo de realizar um evento que sirva de exemplo para que o mundo discuta e adote a sustentabilidade. A perspectiva é boa para empresas dos setores envolvidos, como turismo, eventos, restaurantes, principalmente para as que já trabalham de maneira sustentável.

A copa já é uma grande oportunidade para empresas brasileiras, mas realizar um evento desse porte de maneira sustentável implica em uma infraestrutura muito ampla e bastante complexa. Além de gerar mais negócios para as empresas diretamente envolvidas, pode acionar uma cadeia de incentivos e consolidar o Brasil como um país líder em soluções sustentáveis.

“Um evento como esse pode ser muito importante para conscientizar efetivamente as pessoas. Uma campanha sobre sustentabilidade atrelada à Copa pode ter uma boa repercussão e fazer do Brasil um país referência em sustentabilidade, o que já é uma tendência. Isso seria muito bem-vindo”, analisa João Francisco de Carvalho Pinto Santos, sócio-diretor da The Key, especialista em gestão sustentável.

Para organizar um evento desse tipo existem questões anteriores muito importantes:
  • quantificar e neutralizar emissões de carbono;
  • planejar gestão de resíduos;
  • alimentação (utilização de produtos orgânicos e privilegiar produção local);
  • construções sustentáveis – para novos espaços e reformas de espaços já existentes;
  • materiais utilizados para eventos e promoção;
  • criação de novas regras para licitações;
  • mapear toda infraestrutura e logística.
Para João Francisco, nas empresas que ainda não tem a sustentabilidade inseridas no negócio, pode ser uma ótima oportunidade para mudarem o foco. Esse evento vai interagir com redes tradicionais e será um bom momento para elas adotarem esses critérios. E para as empresas que já têm a sustentabilidade inserida em seu planejamento estratégico podem ter vantagens competitivas. O evento também é uma grande oportunidade de inclusão social, principalmente se forem criados critérios para geração de empregos.


Mais chance de marcar gols

Seguramente as empresas que já têm o tema inserido em suas diretrizes têm vantagem nesse momento. “Quem assume o propósito da sustentabilidade antes, também colhe antes.  A decisão por uma gestão sustentável é difícil, pois demanda custos e reduz, em um primeiro momento, o lucro das empresas.

Entretanto, no médio e longo prazo esse investimento é reconhecido pelo mercado que retribui valorizando a empresa.  Empresas que ao invés dessa visão de longo prazo forem apenas oportunistas no evento poderão levar um gol contra”, afirma o Economista-chefe do Escritório de Sustentabilidade Estratégica da FGV/RJ, Rubens Mazzali.

De acordo com o economista, temos empresas que estão preparadas e dariam exemplos ao mundo todo no quesito sustentabilidade. Porém, no conjunto das empresas que de algum modo estarão vinculadas aos serviços da Copa temos muito que melhorar.

E as ações não devem estar associadas somente à preservação do meio ambiente.   Essa será uma grande oportunidade de esclarecer ao grande público todos os aspectos da sustentabilidade que é preservar o futuro do planeta, das pessoas, das organizações.

“Por exemplo, o projeto de reforma ou construção de um estádio deve ter, além da preocupação com a construção “verde” (ou greenbuilding), a preocupação com os impactos e aspectos sociais envolvidos e, também com a viabilidade econômico do estádio pós-Copa. Trata-se de uma visão holística, sistêmica, que envolve as dimensões sociais, econômicas e ambientais. Nesse sentido, o que provavelmente aparece para o público é apenas a ponta do Iceberg”, exemplifica.

De uma forma ou de outra, quaisquer movimentos que busquem disseminar os conceitos e sensibilizar a população e as empresas sobre os benefícios de uma gestão sustentável são sempre muito bem-vindos.  Quando podem ser relacionados a um evento de importância mundial como uma Copa do Mundo de Futebol, seguramente os efeitos são maiores.

Entretanto, esse aumento no grau dos efeitos serve para os bons e os maus resultados, portanto, não podemos errar. “Eu estou seguro de que essa Copa ocorre em um momento de desafios globais que serão oportunos para o Brasil passar ao mundo uma “indentidade sustentável””, finaliza Mazzali.


Fonte: Portal HSM
15/06/2011

Ele é infiel, mas é leal

Tanto se fala sobre fidelidade: nos filmes, livros, novelas, na mesa de bar, e tão pouco se vive esta palavra tão simples, mas carregada de significados. Mas afinal, fidelidade é importante para as marcas?


A questão de fidelidade é um tema que sempre gera discussão: nas relações entre casais, nos laços de amizade, nas parcerias profissionais. Mas afinal, fidelidade é importante? Bom, pelo menos, no mundo corporativo (e para as teorias de branding), cada vez mais se tem provado que é melhor ter a lealdade do que a fidelidade do consumidor. E é sobre este aspecto que vamos conversar.

De acordo com o dicionário, FIDELIDADE é definida como a exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas: afeição e lealdade constante; lealdade. Ainda de acordo com o dicionário, LEALDADE é franqueza, sinceridade, retidão. Para as teorias de branding e marketing, FIDELIDADE “é, na pratica, a compra habitual dentro de um repertório de marcas”. (Jones, John Philip, 2004,p.86).

Para Sampaio (2002,p.57), o topo, o auge da construção de uma marca está na conquista da LEALDADE do consumidor, ou atingir a condição de advocacia, “ou seja, de contar com muitos consumidores que “advogam” a favor da marca”.

Um exemplo, na prática, entre os dois conceitos: eu posso estudar comunicação em uma instituição (universidade/ faculdade) da minha cidade, pelo simples fato de não haver outra que ofereça o curso que eu desejo cursar.

Para esta marca (instituição de ensino), serei fiel, terei a fidelidade de consumi-la até finalizar a oferta de seus serviços pelo tempo estipulado no contrato de ensino. Porém, quando me questionarem sobre “qual a melhor universidade que oferece o curso de comunicação”, eu citarei, talvez, uma universidade de São Paulo ou até mesmo uma universidade estrangeira sem, necessariamente, conhecer os serviços prestados por ela.

Serei um advogado da marca, defendendo suas qualidades em alto e bom som.  É isto que acontece com marcas consagradas como Ferrari, Harley-Davidson, entre outras. Não preciso usá-las, nem conhecê-las, para suspirar, idealizar e defender de forma leal estas marcas.

Mas afinal, o que é mais importante: conquistar a fidelidade ou a lealdade do consumidor? Na minha concepção, teórica e prática, vejo que a imagem idealizada e a experiência positiva de consumo são muito, muito mais fortes do que a fidelidade. O ideal, na construção de uma marca, é transformá-la, antes de qualquer coisa, em um mito de consumo. Um mito positivo e admirável. Neste sentido, as redes sociais são grandes aliadas (quando bem utilizadas), para gerar um “buzz” sobre a marca, auxiliando na construção deste mito.

Talvez vocês já tenham passado pela seguinte situação: frequentemente vocês lêem comentários de amigos, no Twitter, sobre um determinado filme ou livro – “nossa, o filme X é demais, emocionante”.

Mesmo não sendo um cinéfilo, você começa a sentir certa curiosidade em também ver o filme. Passam alguns dias, você está numa roda de amigos e alguém te pergunta: “você viu o filme X?” E você diz: “não vi, mas dizem que é ótimo, emocionante!”. Neste momento, mais do que fiel, você foi um advogado da marca, gerou buzz e estimulou a curiosidade de consumo de mais um consumidor.

Então, devemos esquecer a fidelidade? Acredito que “esquecer” seria uma palavra forte e perigosa. Vejo que, mais do que lutar para que o consumidor só compre na minha loja, devo investir em uma experiência de consumo única, inesquecível, para que, mesmo não sendo fiel, ele possa gerar um buzz, um testemunho positivo da marca por onde quer que ele vá.

É ilusão, nos dias de hoje, acreditar que o consumidor não irá fazer pesquisa de preço ou até mesmo consultar os amigos sobre uma nova opção de produtos e serviços. Porém, dentro desta briga de mercado, ganha quem for lembrado e admirado. As propagandas não possuem a mesma credibilidade que a opinião de um amigo, sobre a qualidade de uma determinada marca.

Dentro desta discussão, vale lembrar que algumas teorias e técnicas de venda, caem por terra. Vejamos o caso do consumidor que compra uma calça jeans, com o preço extremamente elevado, de uma marca famosa.

Se ele sair da loja com a sensação de que fez uma má compra, com a sensação de que foi coagido pelo vendedor, de que não foi forte o suficiente para reagir a uma compra por impulso, naquela loja ele não volta mais. Pode até continuar sendo advogado da marca, mas não comprará mais naquela loja.

Vejam como é complexa a construção da fidelidade e da lealdade. Antes de mais nada é preciso ter o foco sobre quem é o meu consumidor, garantir a venda de produtos de qualidade e, principalmente, fazer com que meu cliente saia da loja com a sensação de "custo x beneficio" realizada.

Com isso, agregarei lealdade e, por mais que ele visite meus concorrentes (não há fidelidade), ele sempre voltará na minha loja, pois é leal e sua experiência de consumo foi positiva.

Este tema é longo e abrangente. Mas é sempre bom pensarmos o que queremos entregar de valor para nossos consumidores: empurrar a venda pela venda, através de promoções cansativas e predatórias ou oferecer uma experiência de consumo única, gerando buzz e tendo advogados e testemunhas da marca, no mercado? Pense nisto!


Mirella Vegini (Mestre em Ciências da Linguagem, com MBA em Gestão de Marketing. Consultora em Comunicação de Marketing e Branding. Especialista em Marketing e Mídias. Twitter: @mirellavegini)


Fonte: Mundo do Marketing e Portal HSM
15/06/2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Como formar o preço?

Valores altos ou baixos muitas vezes não têm nada a ver com cálculo de preços e sim, com formação. Saiba mais.



Difícil, se não impossível, encontrar um empresário que nunca tenha pensado em alguns desses pontos e que não se questione se suas estratégias de preços estão corretas. As várias fórmulas desenvolvidas para encontrar o preço a ser cobrado dos produtos, são apenas um dos fatores na formação do preço.

“Existe uma grande confusão entre os termos cálculo de preços e formação de preços de produtos ou serviços, sendo que o cálculo é apenas um dos itens na formação do preço. Isso ocorre porque ainda hoje temos empresários que não tiveram oportunidade de se aprofundar sobre esse tema, o que causa conseqüências muito graves para suas corporações”, explica Marcos Rodrigues, gerente de auditoria da PP&C Auditores Independentes.

Por isso, que freqüentemente são questionados os preços caríssimos de marcas como Channel ou Luis Vuitton, os preços baratos de empresas como WalMart e os longos parcelamentos da Casas Bahia, por exemplo.

A questão maior é que esses valores não têm nada com cálculo de preços e sim, com formação, na qual o empresário deve passar por alguns passos básicos para encontrar o preço do produto que mais está adequado a sua realidade.

O primeiro passo para formação é a definição do objetivo que pretende atingir com o preço que será praticado. Para isso é fundamental uma reflexão sobre qual é o momento que a empresa atravessa e onde se pretende chegar nos próximos meses.

Assim existem as empresas que querem sobreviver, maximizar o lucro total, maximizar a participação de mercado, liderar em qualidade de produto, dentre outros.

Depois de definido o objetivo será necessário avaliar a demanda, nela será analisado quanto as pessoas irão comprar a preços diferentes. “Na demanda é que se estabelece o teto para o preço que pode ser cobrado, isso porque cada preço resulta em um nível diferente de demanda, e, portanto, tem um impacto diferente nos objetivos”, explica Rodrigues.

Existe por exemplo, a demanda elástica, em que a demanda e preço são inversamente proporcionais. Neste caso, quanto maior o preço, menor a quantidade vendida. E também a demanda inelástica, em que o preço não impacta, ou impacta pouco, na demanda do produto ou serviço.

Se na demanda encontramos o teto, é no próximo passo, o custo, que encontramos o piso do preço a ser praticado. “São gastos que a entidade realiza com o objetivo de por o seu produto pronto para ser comercializado, fabricando-o ou apenas revendendo-o, ou o de cumprir com o seu serviço contratado” explica o gerente da PP&C Auditores Independentes.

Quando se pensa em custos, é importante reforçar que existe uma diferenciação entre custo (um desembolso que traz um retorno financeiro e pertence à atividade fim, pela qual a entidade foi criada) e despesa (que é um gasto com a atividade-meio e não gera retorno financeiro).

Entre os pontos que devem ser levados em conta na formação do preço de um produto estão os custos fixos, custos variáveis. No primeiro caso serão considerados materiais necessários para confecção ou para aplicação de um serviço, mão de obra direta (incluindo encargos) e despesas fixas para manutenção da empresa.

Já nos custos variáveis entram impostos como PIS Sobre Venda; Cofins Sobre Venda, ICMS Sobre Venda, IPI Sobre Venda, CPMF Sobre Receita, comissão sobre receita, IRPJ Sobre Lucro  Presumido, CSLL Sobre Lucro Presumido  e INSS sobre mão de obra.


Análise dos concorrentes é fundamental

Definidos os custos, o próximo passo é fazer uma análise dos concorrentes. “O empresário ou gestor deve se ater a uma análise do preço do concorrente mais próximo. Além disso, fazer uma comparação para obter as diferenças das ofertas, como por exemplo, características não oferecidas pelo concorrente, que podem agregar ao preço e analisar os diferenciais que o concorrente possui, com base nisso a empresa decide se irá cobrar mais, o mesmo ou menos que o concorrente”, explica Rodrigues, gerente de auditoria.

Mas tem que se atentar sobre os diferenciais, pois, esses só podem agregar ao preço se ele for realmente percebido pelos clientes. Muitas vezes, diferenciais são postos no preço e na verdade, não tem valor nenhum para o cliente.

Dados os quatro primeiros passos, chega a hora de determinar o preço, isso dependerá diretamente do que foi obtido nos passos anteriores. Dos quais a demanda determina o teto, o custo o piso e a concorrência um ponto de referência.


Métodos de determinação de preços:

Preço de markup - O markup é um padrão, mas pode variar de acordo com as categorias de produtos. A utilização de markups-padrão não têm muito sentido. Qualquer negócio que não levar em consideração a demanda atual, o valor percebido e a concorrência, provavelmente não desenvolverá um preço ótimo.

Preço de retorno alvo: consiste em conseguir um retorno justo sobre os investimentos. Todavia, é fundamental levar em consideração os preços praticados no mercado pela concorrência.

Preço de valor percebido: de acordo com as percepções dos compradores.

Preço de valor: preço relativamente baixo para uma oferta de alta qualidade, preços baixos todos os dias. Postula que o preço de valor deve representar um alto valor para os consumidores.

Preço de mercado: preço baseado nos preços dos concorrentes.

Preço de leilão: que tem por objetivo desovar excessos de estoques ou comercializar artigos de segunda mão.

“A determinação do preço de um produto demanda a avaliação de diversos critérios que diferenciarão uma empresa do sucesso ou fracasso de suas ações. Normalmente as empresas que calculam seus preços a partir apenas de uma das variáveis apresentadas, deixam de ganhar ou perdem mercado”, finaliza o gerente da PP&C Auditores, Marcos Rodrigues.


Fonte: Portal HSM
13/06/2011

1000 passos na discussão sobre mídias sociais

Já está na hora de discutir como os modelos de negócio de meus clientes terão que se adaptar ao novo consumidor e não sobre a morte dos banners. Leia mais.

Tem hora que cansa. Trabalhando com mídias sociais desde 2006 (bem antes de chamarmos assim) e acompanho a evolução nas discussões sobre o tema com entusiasmo, às vezes dá preguiça de ouvir a mesma coisa, evento após evento. E tenho certeza de que isso não passa apenas em minha cabeça. Aposto que na sua também. A dedução é óbvia. Afinal, imagino que nós compartilhamos o gosto por novas tecnologias, mídias e pelo mercado digital. Sendo assim, frequentamos os mesmos grandes eventos no Brasil e fora dele.

Acho que é bom pontuar que estou longe de ser um troll na web. Esse artigo é, inclusive, um desabafo por conta de não ser meu perfil apontar culpados ou ficar achando erros por aí (mesmo que existam aos montes). No fim de março, em uma reunião com meu time, na agência, um funcionário disse: “Os palestrantes estão falando por aí coisas que a gente discutia em 2009. Isso é frustrante.”. Essa citação reflete também meu pensamento. A discussão sobre mídias sociais tem que evoluir!

Por favor, se alguém questionar a importância das mídias sociais para uma empresa, se o Orkut vai morrer, quais vantagens as marcas podem ter investindo no relacionamento online ou ainda, se o investimento no digital deveria ser maior, por favor, fique mudo. Não responda. Ignore.

Vamos discutir temas novos. As perguntas acima foram feitas em 2008, 2009, 2010 e não admito mais ver isso sendo debatido em palestras ou eventos de grande porte, por palestrantes estrangeiros. Proponho que os debates ganhem um upgrade e que girem em torno de temas hoje apenas suspirados em guetos virtuais, ainda que por poucos.

Vamos repensar o e-commerce social ou ir além da compra coletiva? Vamos debater com seriedade os modelos de B2B em mídias sociais de modo que gerem resultados além de branding (branding é vital para uma marca, mas as coisas não acabam nele). Quero discutir mídias sociais partindo do pressuposto que ela é um commodity, não uma novidade!

Demi Getcko, professor de ciência da computação da USP, sempre dá um exemplo maravilhoso, onde compara a internet e a conectividade à eletricidade. Assim que a energia elétrica chegou às casas era o debate do milênio, mas agora só pensamos nela quando falta luz.

Mídias sociais seguem o mesmo caminho. Está claro que o ser humano mudou e que esse fenômeno é duradouro, então vamos parar de responder a indagações dos clientes como “mídias sociais é uma moda?”, “vou conseguir medir ROI de uma ação no Facebook?” ou “devo redistribuir parte da minha verba offline para um projeto em mídias sociais?”.

Quero falar sobre como os modelos de negócio de meus clientes terão que se adaptar ao novo consumidor e não sobre a morte dos banners. Quero discutir o mundo que meu irmão de 10 anos irá consumir quando tiver 20 e não qual será a nomenclatura que inventaremos para a próxima geração. “Já chegamos na Z. Vamos seguir para A1, como fazem os programas de planilhas?”, brincou meu diretor financeiro, Agenor Burla, em uma reunião. Bom, pessoal. Vamos discutir novas ideias?

Vitor Guerr (Diretor de Novos Negócios da Ideia S/A).

Fonte: Portal HSM
13/06/2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Concurso Público da Infraero traz oportunidades para Administrador registrado no CRA

A Empresa Brasileira de Infra-Estrautura Aeroportuária - Infraero lançou edital de concurso público com formação de cadastro de reserva para graduados em Administração que possuem registro profissional. As oportunidades são para as cidades de Belo Horizonte, Belém, Brasília, Guarulhos-SP, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A jornada de trabalho é de 40h semanais e a remuneração para o cargo de Administrador chega a R$3.201,08, além de benefícios. Dentre os conteúdos exigidos para o bacharel em Administração, estão Teorias Administrativas, Planejamento Estratégico, Cultura Organizacional, Gestão de Processos , além de português, legislação e redação.

As inscrições podem ser realizadas até 08 de julho exclusivamente no site da Fundação Carlos Chagas (www.concursosfcc.com.br). As provas estão agendadas para o dia 25 de setembro de 2011.

Mais informações e o edital completo podem ser conferidos no endereço eletrônico www.concursosfcc.com.br.


Fonte: Conselho Regional de Administração de Minas Gerais - Assessoria de Comunicação
10/06/2011

Mitos do marketing digital


De tanto ler, ver e ouvir falar, empresários e gestores passaram a acreditar em mitos que conferem poderes sobrenaturais ao marketing digital. Confira quais são eles.


Não é à toa que o marketing digital se tornou uma das prioridades nos investimentos em publicidade e propaganda. É uma forma prática, dinâmica e acessível para empresas de qualquer porte ou segmento promover seus negócios e manter contato com clientes e consumidores.

Um bom exemplo é o Google Adwords, um canal de publicidade em que uma pessoa com algumas horas de treinamento é capaz de criar e gerenciar seu próprio anúncio de publicidade. Outro mais recente é a Like Store do Facebook, em que é possível não só divulgar, mas vender os produtos diretamente na fan page.

De tanto ler, ver e ouvir falar sobre essas aparentes facilidades, empresários e gestores passaram a acreditar em “mitos” que conferem poderes sobrenaturais ao marketing digital.

Com base em experiências pessoais, vou relatar três dos mitos mais comuns. 


Mito 1 - É possível fazer marketing digital sem marketing

Recentemente fui consultado para o lançamento de um novo site de compras coletivas. Ao ser apresentado ao projeto, fiquei preocupado com o fato de não haver praticamente nenhuma característica que o distinguisse de outras centenas de sites da categoria.

Levantei a questão e me surpreendi com a resposta. Para os empreendedores, relevante não era ter um diferencial para se destacar dos concorrentes, mas sim uma propaganda boa o suficiente para chamar atenção e gerar tráfego.

Assim como eles, muitas outras empresas se enganam ao pensar que só publicidade é capaz de fazer de qualquer produto um sucesso. Ela pode até gerar visibilidade para a empresa ou produto por um determinado período, mas não se sustenta ao longo do tempo.

Banners, links patrocinados, ações em redes sociais, newsletters e outras iniciativas online só funcionam se fizerem parte de um mix de marketing abrangendo pesquisa de mercado e público-alvo, análise de oportunidades, definição de uma estratégia de diferenciação para o produto, política de preços, canais de venda e monitoramento dos resultados por meio de indicadores.

Quanto mais este Marketing estiver estruturado, maior o potencial da publicidade realizada através do marketing digital gerar retorno efetivo.


Mito 2 - Marketing digital é a solução milagrosa para meus problemas

O dono de um site de camisetas personalizadas nos procurou para saber como poderíamos ajudá-lo a alcançar seus concorrentes, que estavam “bombando” nas vendas. Antes de eu terminar de explicar como funcionava nosso trabalho ele já me questionava sobre os resultados. Na sua visão, a conta era simples: “minhas vendas não estão indo bem, então vou investir X em uma agência de marketing digital e eles vão aumentar meu faturamento em 10 vezes”.

Isso pode até acontecer, mas não basta somente contratar a agência e esperar os resultados. Antes de mais nada, o trabalho de um profissional de marketing é compreender por que as vendas estão baixas. Quais os pontos fortes dos concorrentes, quais os pontos fracos da sua empresa e o que o cliente em potencial está procurando, de modo a estabelecer uma estratégia e um plano de ação envolvendo tanto iniciativas online quanto offline.

No caso em particular detectamos que a loja era praticamente desconhecida, enquanto o principal concorrente era um conhecido case de loja inovadora, inclusive com várias matérias na imprensa nacional e internacional.

Seu produto era de qualidade e o preço até abaixo do que a média, mas as estampas não chamavam atenção. Por outro lado, outras lojas apresentavam camisetas segmentadas de acordo com o gosto do cliente (filmes, atores, bandas de rock) ou permitiam que a própria pessoa criasse sua estampa personalizada. As vendas eram limitadas ao site, enquanto a concorrência comercializava suas camisetas em outros sites e redes de varejo.

Para alcançar o tão almejado resultado, portanto, seria necessário investir não só em publicidade, mas em um reposicionamento da marca e de sua atuação no mercado, o que não estava nos planos da empresa. Ou seja, a conta não era tão simples de fechar quanto inicialmente parecia.


Mito 3 - Fazer marketing digital custa uma mixaria ou sai até de graça

Uma metalúrgica interessada em fazer publicidade por meio de links patrocinados solicitou uma proposta. Fiz uma apresentação para a diretoria, explicando os detalhes de como o trabalho funcionava, o orçamento estimado para campanha e o valor do nosso trabalho de gerenciamento.

“Mas se já estamos pagando para o Google, para que pagar também a você?”, foi o questionamento de um dos diretores, quase ofendido pelo fato de eu cobrar por um serviço que ele considerava gratuito. “Afinal o Google não é de graça?”

Não adiantou tentar explicar que o “investimento” era destinado a remunerar os profissionais responsáveis pelo gerenciamento da campanha. Para dizer a verdade até hoje não sei nem por que me chamaram lá, se eles mesmos podiam fazer o serviço “de graça”.

Assim como o Google, muitos sites oferecem recursos gratuitos, contribuindo para a percepção de que marketing digital é “barato” ou mesmo “na faixa”. Na verdade os sites colocam à disposição algumas ferramentas gratuitas que, utilizadas por um bom profissional, são capazes de gerar bons resultados. Nesse sentido, comparado com a propaganda em jornais, revistas ou TV, o investimento no marketing digital é muito menor.

Mesmo o caso de pequenos empresários que conseguem promover seus negócios nas redes sociais “sem gastar nada” nas redes sociais, por exemplo, na verdade investiram muito do seu tempo (um dos ativos mais valiosos de hoje) em aprender os recursos dos sites e em interagir com os clientes e consumidores.

Em vez de “barato” ou “caro”, a empresa deveria avaliar o custo-benefício das ações de marketing digital comparado às alternativas.

Os relatos acima podem soar como desabafo, e de uma certa forma são mesmo. Mas também servem de alerta para as empresas que estão investindo ou pensam em investir em marketing digital. Comparado com outras formas de publicidade e propaganda ele pode ser mais simples, ágil e apresentar custo menor, mas os resultados sempre vão depender do trabalho de profissionais (internos ou externos), dos recursos investidos e de muitos testes e avaliações.

Como os americanos costumam dizer: “no pain, no gain” (sem dor não há ganhos). O marketing digital não é exceção.


Silvio Tanabe (silvio.sp@magoweb.com.br) é consultor de marketing digital da Magoweb, autor do blog Clínica Marketing Digital (www.magoweb.com/clinicadigital) e um dos autores do e-book Caia na Rede – 12 Maneiras de Planejar e Fazer Sucesso nas Redes Sociais) 


Fonte: Portal HSM
10/06/2011